Os Magos de Los Angeles
Diferentes Tradições místicas existem em Los Angeles, vivendo de forma precária, sobrevivendo aos ataques da Tecnocracia, desorganizados, ilhados, quase incomunicáveis. A visão de uma resistência é bastante coerente com a realidade que os magos enfrentam, onde os mais idealistas e mais dispostos se organizam em células independentes para atacar os pilares da Tecnocracia pelo subsolo. Em comum todas elas têm a ausência de seus mestres, e cabe aos seus discípulos organizar as novas ofensivas para combater a Tecnocracia.
A Irmandade de Akasha prega o desapego às coisas materiais e o retorno à simplicidade, uma coisa rara em Los Angeles, onde as pessoas vivem rodeadas de luxo e riqueza, sendo oferecidas a cada instante. Lapidando corpo e mente os Irmãos de Akasha propõem filosofias orientais como alternativa à massificação a que estão submetidas as pessoas sob o paradigma tecnocrata. A busca da harmonia conduz os passos desses magos.
O Coro Celestial promulga o amor ao Uno como meta a ser alcançada para a Iluminação. O amor fraterno, a paz e a união com o Uno são os caminhos para a promoção de uma vida mais digna, mais compreensiva, e o amor ao Uno e do Uno, e seu reconhecimento, são peças fundamentais para esta Ascensão.
O Culto do Êxtase busca a transcendência, a ultrapassagem pelas portas da percepção. Há muito mais do que se pode perceber na realidade, e os limites cômodos e resistentes cegas as pessoas para essa transição. Buscando multiplicar a gama de experiências a viver, os Extáticos sempre testam seus limites, e se encontram entre os mais ferozes combatentes da Tecnocracia.
Os Oradores dos Sonhos estão muito preocupados em manter as relações com os espíritos em bons termos, e podem estar um pouco afastados da luta contra a Tecnocracia. Diretamente poder parecer, mas eles talvez sejam uma das Tradições mais afetadas pela hegemonia tecnocrata e sua esterilização do mundo.
Os Eutanatoi agem muito mais ocultos do que qualquer outra Tradição. Policiando as transgressões promovidas contra a trama e contra o ciclo da vida, os Eutanatoi agem tanto contra hospitais tecnocratas que realizam experimentos com pessoas doentes em busca de curas, quanto com vampiros que abundam nas ruas e rompem com a ordem da vida e da morte. Paralelamente, num mundo de apatia, os Eutanatos têm de constantemente realizar um trabalho de conscientização para a vida, ou oportunizar novas vidas ao eliminar algumas.
Sendo ainda tão orgulhosa quanto já fora, a Ordem de Hermes promove a perfeição mística, o forçar dos limites de compreensão, acreditando superar todas as outras Tradições. Em épocas de grandes mestres e arquimagos, a Ordem de Hermes foi indiscutivelmente a mais poderosa. No entanto, hoje, ela é apenas mais uma lutando contra a hegemonia tecnocrata.
Os Filhos do Éter procuram transcender a ciência estática promovida pela Tecnocracia, acreditando na livre iniciativa iluminada e na transformação infinita que se pode alcançar através do estudo e do experimento. Limites são autoimpostos, e isso se aplica à criação pela mão do homem. Criando e tentando se consegue atingir o prodígio, e a Tecnocracia esmaga esse potencial.
Os Verbena se voltam às técnicas primitivistas, ao reencontro com a vida que foi interrompida com a pretensa civilização humana. A quantidade de artifícios que o ser humano aplica à sua existência nubla por completo a fusão com a Mãe Terra e afasta cada vez mais os homens e mulheres da natureza. Estando definitivamente entre as Tradições mais visadas e mais assediadas, os Verbena encontram dificuldade em realizar suas mágicas.
Os Adeptos da Virtualidade contam como uma das Tradições mais numerosas e mais atuantes de Los Angeles. Aplicando um golpe após outro na Tecnocracia, os Adeptos promovem uma abertura da informação e uma instrução das massas de forma integral pela Internet e outros meios. A recente movimentação desse grupo de Adormecidos, que alguns Adeptos dizem pertencer à sua Tradição, entusiasmou os opositores da Tecnocracia, e novos planos estão sendo feitos para atacar a União utilizando esta brecha que foi aberta.
Tão alienados quanto qualquer adormecido médio, os Vazios não se engajam à luta pela abertura do Consenso. Preocupados demais com seus próprios problemas e com sua busca pelo esoterismo, eles negam ajuda, e realmente têm pouco a oferecer, às outras Tradições. Apenas cuidam para que não sejam pegos com a mão no pote de biscoitos, e que não irritem uma ou outra Tradição.