domingo, 3 de abril de 2011

PODERES / HABILIDADES ESPECIAIS / MODIFICAÇÔES



Na última etapa da criação do personagem o jogador deve decidir sobre suas habilidades especiais / poderes (Pode também decidir que não terá nenhuma), para isto não existirá uma lista pré definida, aconselha-se a fazer como em “Mago: A Ascenção”, o jogador pode criar os “efeitos” que desejar, desde que use um paradigma tecnológico para justificá-lo. Depois seguirá em conjunto com o narrador, que o orientará a seguir o conjunto de regras que são as únicas regras que o cyberpunk segue: a Estética. (Fica legal! Ou não fica legal!).

No entanto atentemos para um problema de léxico, vocabulário, a palavra poder torna-se aqui polissêmica: os “poderes” que o personagem criar não são poderes, as “habilidades especiais” não são habilidades especiais, contextualizando-os no universo do jogo: os poderes e habilidades de um personagem são produtos que ele consome, produzidos em série e disponíveis para qualquer outra pessoa com o mesmo poder aquisitivo ( nível de experiência), poder é algo que se obtém através do consumo.

A relação dos personagens com a tecnologia e o conhecimento que a produz é uma relação de consumo, eles não participam de seu processo de produção. Eventualmente algum jogador pode querer mudar essa relação, fazendo um personagem que siga um arquétipo muito comum na ficção cientifica, que é o de “gênio”, “inventor”, produzindo e engenhando seus próprios aparatos, fazendo de suas criações algo “individual”, único, que só pode ser produzido por seu próprio intelecto, isso seria interessante quando contextualizado, pois no fim ele descobriria que seu gênio inventivo produziu algo menos eficiente do que as corporações já produziram em massa, ou o levaria a problemas de “direitos autorais”, “patente” com os aglomerados corporativos.

Outro arquétipo comum na relação pessoal com a tecnologia é a do “super usuário”, diferentemente do inventor ele não produz a tecnologia, mas é capaz de fazer um uso dela em nível superior ao das outras pessoas, como a figura arquetípica do “hacker”, com super habilidades para usar um computador, um super piloto de nave que é o único que realiza certo tipos de manobras, um “jedi” que é o que melhor maneja um sabre de luz. Da mesma forma, dentro deste universo, tanto a tecnologia como o seu uso, habilidade ou sua manipulação serão produtos engarrafados, disponíveis a todos que puderem pagar o preço.


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