Novamente Taylor acordou bem cedo e fez exercícios, comeu um café da manhã saudável, tomou banho e saiu, foi ao parque ler a biografia de XXX (herói que salvou o mundo uma vez), mesmo tendo lido somente algumas poucas páginas sentia-se já um grande conhecedor da vida de XXX! Voltou para casa por volta das onze horas para ver os noticiários, encontrou uma sala limpa e arrumada, seu estômago roncando com o cheiro da comida que a senhora Maicon preparava.
- “Em uma ação desastrada um suposto ‘herói’ provocou uma tragédia ontem, um homem metálico entrou num prédio em chamas para resgatar uma mulher, durante sua entrada ele destruiu paredes atingindo pilares e enfraquecendo a estrutura já debilitada do local, precipitando assim o tempo do desabamento, isso levou a morte de quatro homens do corpo de bombeiros! Uma garotinha que o suposto herói tirou do prédio está no hospital em estado muito grave, o laudo médico disse que suas queimaduras não foram causadas pelas chamas, mas por contato da pele com metal quente, provavelmente do traje que o ‘herói’ vestia...”, “Click”, Taylor desligou a televisão, abalado, a viúva Maicon o chamava para o almoço.
Nem a torta de chantili com framboesas tirou de seu rosto o aspecto deprimido, foi então que a viúva Maicon falou: “Que grande herói aquele do incêndio, você viu, a garotinha está em estado grave, mas se ninguém tirasse ela de lá estaria morta, e os bombeiros são heróis também, tenho certeza de que onde estiverem estão felizes pela mulher ter sido salva, em serem sacrificados para que ela fosse salva!”, Taylor olhou espantado para ela, que então piscou um olho para ele, deu-se conta que havia esquecido de trancar a porta do quarto esta manha, a viúva Maicon viu o traje, sabia que era ele o herói, Taylor então acalentou-se com aquelas palavras doces como uma torta de framboesa.
Apesar de dizer a si mesmo que não se importava mais com o que os noticiários diziam, as criticas na mídia de certa forma o incomodavam, preferia agora agir só à noite e ser o mais oculto possível, e aquela seria uma longa noite, um ex policial como taylor não precisava vigilar, ele sabia onde e quando as coisas aconteciam...
Nas docas uma transação de drogas se dava entre dois grupos armados, de repente o rio agitou-se como um oceano e uma grande onda precipitou-se no cais, dela surgiu Taylor, aquela era a décima primeira ação da noite, e pela décima primeira vez os facínoras disseram: “É Quarterback!”, e quando Taylor sacou suas duas pistolas, ouviu os cretinos acovardados repetirem o que também já tinha ouvida dez outras vezes antes: “Não é o Quarterback”.
Uma voz ergueu-se do meio da corja, indagando “Quem é você?”, a única resposta que o malfazejo obteve foi o som das pistolas sendo descarregadas no lacaio ao seu lado! Taylor havia pulado do meio da água para o meio de uma das hordas armados, um traficante próximo encostou a arma em sua cabeça e quando seu dedo estava a meio gatilho foi desarmado com um “sommersault”, quando o eixo do corpo de Taylor inverteu-se deixando seu corpo suspenso no ar de cabeça para baixo as pistolas já haviam sido recarregadas, estourando os miolos do malfeitor... Quando o movimento completou uma revolução completa, fazendo seu corpo voltar a posição inicial no chão, estava com mais três vilões apontando-lhe armas a queima roupa, o grupo que estava mais afastado, aqueles que comprariam a droga, soltou então uma saraivada de tiros frenética em direção a ele, fazendo tombar todo o primeiro grupo de traficantes que estava próximo a ele, Taylor sorriu por debaixo de seu traje inexpressivo.
Depois de um breve intervalo viria a segunda saraivada de balas, um dos homens tinha uma escopeta, Taylor sorriu, se aproximou ao máximo dele, encostando seu peito no cano da arma, como em um ato reflexo e impensado o crápula apertou o gatilho, toda energia que seria usada para perfurar sua carne e rasgar seus órgãos encontraram o grafeno metálico do traje e ao não perfurá-lo ricochetearam, o cano da arma explodiu matando o atirador e os projeteis de chumbo se espalharam caoticamente atingindo a maior parte do grupo, deixando apenas dois homens de pé, Taylor então segurou ambos pelo braço e deu um grande salto, o celerado que havia indagado sua identidade estava ferido e atônito no chão, ouviu ainda o herói dizer: “Eu sou Justice”, antes de submergir precipitando outra onda no cais.
Embaixo d’água, enquanto retinha os dois negociadores de drogas que se afogavam, Taimon ponderava sobre o nome pelo qual havia tantas vezes sido chamado naquela noite: “Mas quem é esse Quartterback?”.
Já em seu apartamento ele foi dormir quase de manhã, passou o resto da madrugada assistindo noticiários em canais jornalísticos, até finalmente ver reprisada a entrevista de Quarterback: “Minha nossa, esse Quartterback revelou sua identidade e deu até endereço, se o traje dele for igual ao meu algum inimigo pode ir procurá-lo e ele ter o azar do traje estar carregando... Preciso encontrá-lo!”, todavia seu encontro com Quartterback ainda teria que esperar, JUSTICE tinha contas a acertar!
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